terça-feira, 18 de setembro de 2012

"Deixou o coração naquela esquina,perdido,entre o 

encontro e o Adeus."
                                                                                



terça-feira, 17 de julho de 2012

DESNUDADO

Sera que suportarias?
Ver suas virtudes despidas;
Aquelas que de tão fingidas;
Acreditas que as tem.
Sera que suportarias?
Tua alma em plena rua;
Completamente nua;
Não enganarias mais ninguem!
Suportarias?

terça-feira, 26 de junho de 2012

CACOS DE MIM

Amigos, é com muito orgulho que anuncio o Lançamento do Meu Primeiro Trabalho "Cacos de Mim" que será Lançado através da Editora Penalux no dia 10 de Agosto no Departamento de Cultura de Guaratinguetá.
Espero todos para dividirmos essa alegria!


sexta-feira, 27 de abril de 2012

CAI O VÉU



Porque me outorgam santidade
Se durante minha vida passada
Vestia-me o verniz do altar
As palavras escolhidas a dedo
Os gestos contidos, desejo
Do meu eu não se desnudar
E agora proclamam meu nome
Atribuem-me virtudes sem fim
Mas aqui não existem vantagens
O que há é a clara verdade
Que expõem minhas chagas enfim

JUÍZO


O que em mim não se pratica
Sou alerta, teço critica
Sou juiz, não tenho culpa
Ai de quem não se ajusta
Ilibada, minha conduta
Pois ao mostrar teus defeitos
Relevo os meus, pois sou “perfeito”
Nesta arte de julgar.
E quem sabe ao fim do verso eu consiga acreditar!
O que me mim não se pratica...

terça-feira, 17 de abril de 2012

Amigo Fiel (Microconto)

"Depois do sepultamento, só ossos e vermes.
  Seu Espírito era o único a velar o corpo”

Névio Burgos


domingo, 15 de abril de 2012

“Entrou o vento, fechou a janela, beijou a nuca da linda donzela e seu corpo faceiro gemeu a canção e... gozou”
                                                       Névio Burgos

sexta-feira, 13 de abril de 2012

REGRESSO


Hoje a melancolia
Quis fazer companhia
Trazer à tona a saudade
Das lembranças que não tenho

De tantas outras vidas
Nesta por mim esquecida
Aprisionado contra a vontade
Neste corpo eu me contenho

Quero voltar à minha Terra
Desatar-me desta sina
Meu Espírito em liberdade
Só ao tempo me detenho.
Ah! Que saudade que tenho

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O PÃO DE MEL

      A vida prega peças e desta vez me derrubou. Sinto que levarei um bom tempo para digerir o que aconteceu.
Mudei-me para Paris em busca de algo melhor, que me proporcionasse independência financeira e que apagasse de minha memória àquela vida “feliz”, mas cheia de restrições. Uma infância sem regalias, onde trabalhar não era opção, era obrigação.
 Minha mãe era uma vencedora, conseguiu nos criar com tão pouco, mas nos ensinou muito.
Sair de casa e morar em outro país não era um desafio. Antes disso era deixar de ser despesa para aquela que me criou com tanto carinho, mas que nunca nos iludiu sobre as dificuldades da vida.
“Se tens medo de lutar, não vá à guerra”- dizia sempre quando a dificuldade apertava.
Sempre que perguntavam, dizia que apesar das intempéries, minha infância foi doce, com cheirinho de Pão de Mel, que minha mãe  preparava quando recebia seu salário.  Tudo era festa.
Quando nos falávamos ao telefone, pedia pra que deixasse o meu Pão de Mel pronto, que eu podia chegar sem avisar e ela retrucava dizendo que não perderia a fornada e que só faria quando eu voltasse a morar no Brasil.
Em dois anos só tinha lhe visitado três vezes e ela cumpria com o prometido - nada de Pão de Mel.
Voltava a Paris sempre indignada!
Já me preparava para o trabalho quando recebi uma ligação dizendo que minha mãe havia falecido, vitima de atropelamento e seria enterrada no dia seguinte. O telefone despencou, caí no choro. Muitas emoções misturadas - culpa, ódio e raiva me impediam de sair daquele estado de morte.
Reuni forças e me dirigi ao Aeroporto, chorava copiosamente, ninguém notou.
Chegando ao velório não consegui entrar, ela estava muito machucada. Fui para sua casa, parei em frente, demorei a entrar. A angústia me consumia. Abri a porta e imediatamente aquele cheiro de Pão de Mel me invadiu. Corri para cozinha na ilusão de encontrá-la e acordar daquele pesadelo. Ela não estava lá, mas havia preparado  o Pão de Mel antes de sair de casa pela última vez, prevendo talvez que realmente eu chegaria sem avisar . As lágrimas correram os olhos... Foi a última vez que comi o doce. 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

"Despi-me de você, mas teu corpo reverbera em mim, vibrando, ecoando pelas partes tocadas, marcadas com teu beijo, quente... Úmido... Abusivo.
Não penso, só sinto... “E espero vesti-la, moldado ao teu corpo, que é feito na medida do meu desejo.”

Névio Burgos



AMIGO?

Na boca um doce sabor;
Na língua, o amargo veneno.
De dia um abraço amigo;
À noite um beijo bandido.
É Gólgota a tua tredice!
Pai! Afaste de mim este cálice.

Névio Burgos

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Dizem por aí!




Dizem por aí que beleza não se põe a mesa, mas a sua...Ah!... A sua se põe a mesa, na cama e 

                                                                                                                                         depois Banho!!!”


Névio Burgos

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ÚNICO


ÚNICO

Não... Não quero ser reflexo
Quero ser espelho
Não quero ser a cópia
Quero ser inteiro... Verdadeiro
Quero sentir até sangrar meu corpo
Até arder a alma
E acabar assim, consumido.
Pelo simples desejo de ser... Único.