sábado, 27 de agosto de 2011

IMORTAL


IMORTAL

Anelante teu corpo suplica
Caricias que não posso dar
Fulguram em teus olhos, desejos
Embaido em meus pérfidos beijos

Reluto, ad aeternum é o jugo
Pois do nume me fiz libertar
Não aceito sozinho o destino
Tua alma irei desposar


Pende a nuca virgem Dulcinéia
Vou sorver teu fluido vital
Vermelho e cálido é o éter infernal

Neste instante só a Lua é platéia
Rompe à noite a aurora letal
Deixo o cálice vazio e sem vida... Imortal!

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